Pimco acusa Portugal de ser a Venezuela da Europa
Em causa está a decisão de fazer regressar a dívida sénior do Novo Banco ao BES. Nas páginas do "Financial Times", o director-geral do grupo norte-americano também acusa as autoridades de Bruxelas.
Pimco acusa Portugal de ser a Venezuela da Europa
O director-geral da Pimco, Philippe Bodereau, escreveu um texto no diário britânico "Financial Times" acerca da decisão do reenvio para o BES da dívida sénior que se encontrava parqueada no Novo Banco desde a resolução – em que afirma que a medida é “populismo” em linha com as práticas e actuações de governos da América Latina.
“A nova administração portuguesa não é o primeiro governo a recorrer ao confisco de bens e a expedientes populistas. A Venezuela e a Argentina também pertencem a este clube. A diferença importante é que Portugal é membro da Zona Euro e os seus bancos significativos são regulados pelo Banco Central Europeu”, escreve.
Para o responsável da Pimco, a decisão “abre um precedente preocupante”, na medida em que a sua aceitação por parte das autoridades comunitárias configura uma situação em que “o confisco arbitrário e injusto de activos de investidores é uma solução aceitável para os desafios que se colocam aos bancos frágeis da periferia da Zona Euro”.
“Se o BCE não apoia a medida relativa ao Novo Banco então, como regulador bancário, tem tempo de agir. Caso o BCE apoie a decisão, ou não seja capaz ou não tenha vontade de agir, então, todos os investidores nos mercados europeus devem prestar atenção a este aviso”, recomenda Philippe Bodereau.
De acordo com dados da Bloomberg, a sociedade gestora de participações Pimco, com sede na Califórnia, EUA, perdeu 228,6 milhões de euros com o regresso ao BES de quase 2.000 milhões de dívida sénior que estava no Novo Banco.
Bodereau estende as suas críticas a toda a União Europeia, afirmando que “é uma enorme vergonha que cinco anos após a crise da dívida soberana e financeira, a Zona Euro ainda esteja a lidar com crises bancárias de uma forma inconsistente, injusta e amadora”.
O director-geral da Pimco já disse, em declarações ao Expresso, que vai contestar judicialmente a decisão do Banco de Portugal.
Em: http://economico.sapo.pt/noticias/pimco-acusa-portugal-de-ser-a-venezuela-da-europa_239477.html
Em causa está a decisão de fazer regressar a dívida sénior do Novo Banco ao BES. Nas páginas do "Financial Times", o director-geral do grupo norte-americano também acusa as autoridades de Bruxelas.
Pimco acusa Portugal de ser a Venezuela da Europa
O director-geral da Pimco, Philippe Bodereau, escreveu um texto no diário britânico "Financial Times" acerca da decisão do reenvio para o BES da dívida sénior que se encontrava parqueada no Novo Banco desde a resolução – em que afirma que a medida é “populismo” em linha com as práticas e actuações de governos da América Latina.
“A nova administração portuguesa não é o primeiro governo a recorrer ao confisco de bens e a expedientes populistas. A Venezuela e a Argentina também pertencem a este clube. A diferença importante é que Portugal é membro da Zona Euro e os seus bancos significativos são regulados pelo Banco Central Europeu”, escreve.
Para o responsável da Pimco, a decisão “abre um precedente preocupante”, na medida em que a sua aceitação por parte das autoridades comunitárias configura uma situação em que “o confisco arbitrário e injusto de activos de investidores é uma solução aceitável para os desafios que se colocam aos bancos frágeis da periferia da Zona Euro”.
“Se o BCE não apoia a medida relativa ao Novo Banco então, como regulador bancário, tem tempo de agir. Caso o BCE apoie a decisão, ou não seja capaz ou não tenha vontade de agir, então, todos os investidores nos mercados europeus devem prestar atenção a este aviso”, recomenda Philippe Bodereau.
De acordo com dados da Bloomberg, a sociedade gestora de participações Pimco, com sede na Califórnia, EUA, perdeu 228,6 milhões de euros com o regresso ao BES de quase 2.000 milhões de dívida sénior que estava no Novo Banco.
Bodereau estende as suas críticas a toda a União Europeia, afirmando que “é uma enorme vergonha que cinco anos após a crise da dívida soberana e financeira, a Zona Euro ainda esteja a lidar com crises bancárias de uma forma inconsistente, injusta e amadora”.
O director-geral da Pimco já disse, em declarações ao Expresso, que vai contestar judicialmente a decisão do Banco de Portugal.
Em: http://economico.sapo.pt/noticias/pimco-acusa-portugal-de-ser-a-venezuela-da-europa_239477.html
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