Cientistas conseguiram descobrir uma bactéria que será capaz de sobreviver em Marte, e potencialmente também noutros planetas. A descoberta abre a porta à colonização de Marte e até pode facilitar a busca por sinais de vida extraterrestre.
Uma equipa internacional de investigadores, composta por elementos da Universidade Nacional Australiana (ANU na sigla original em Inglês) e do Imperial College de Londres, e por cientistas de Itália e França, centrou-se no estudo das cianobactérias.
Estes pequenos organismos foram os grandes responsáveis pelo chamado “Grande Evento de Oxidação” que ocorreu há biliões de anos, provocando um aumento considerável do oxigénio na Terra, o que permitiu o desenvolvimento de formas de vida mais complexas.
As cianobactérias conseguiram despoletar aquele evento recorrendo a um tipo especial de fotossíntese que é capaz de converter a luz do sol em energia e de criar oxigénio como um produto de desperdício.
Ora a nova pesquisa descobriu que as cianobactérias podem reproduzir esse processo com menos luz do sol e, possivelmente, também noutros planetas, como se refere no artigo científico publicado na revista Science.
Em causa está especificamente a Chroococcidiopsis thermalis, um tipo de cianobactéria que sobrevive em condições extremas e que consegue absorver luz mais vermelha e de menor energia. Isto permite-lhe sobreviver em ambientes com muito pouca luz, como em águas profundas.
“Organismos adaptados a pouca luz, tal como as cianobactérias que temos estudado, podem crescer debaixo de rochas e, potencialmente, sobreviver nas difíceis condições do planeta vermelho”, aponta o professor Elmars Krausz, citado no comunicado sobre o estudo.
“Se importada para Marte, teoricamente a Chroococcidiopsis thermalis pode mudar a face do Planeta Vermelho, ou potencialmente fornecer as bases para um bio-reactor que cria oxigénio para ambientes humanos“, constata ainda Krausz, notando que isto abre a porta para a colonização de Marte e de outros planetas.
“Isto pode parecer ficção científica, mas as agências espaciais e as empresas privadas pelo mundo estão activamente a tentar transformar esta aspiração em realidade num não muito distante futuro”, acrescenta Krausz, concluindo que “a fotossíntese pode, teoricamente, ser aproveitada por este tipo de organismos para criar ar para os humanos respirarem em Marte”.
“Algumas cianoactérias, tal como as do tipo encontrado a crescer em ambientes como a Antárctida e o Deserto de Mojave, até sobreviveram no exterior da Agência Espacial Internacional”, refere o comunicado sobre a investigação.
Por outro lado, estudar as cianobactérias, através das clorofilas vermelhas, também pode dar pistas aos cientistas quanto ao que procurar na busca por vida extraterrestre, explica a cientista Jennifer Norton da ANU.
“Procurar a fluorescência da assinatura destes pigmentos pode ajudar a identificar vida extraterrestre”, conclui Norton.
https://zap.aeiou.pt/humanos-colonizar-marte-206807
Uma equipa internacional de investigadores, composta por elementos da Universidade Nacional Australiana (ANU na sigla original em Inglês) e do Imperial College de Londres, e por cientistas de Itália e França, centrou-se no estudo das cianobactérias.
Estes pequenos organismos foram os grandes responsáveis pelo chamado “Grande Evento de Oxidação” que ocorreu há biliões de anos, provocando um aumento considerável do oxigénio na Terra, o que permitiu o desenvolvimento de formas de vida mais complexas.
As cianobactérias conseguiram despoletar aquele evento recorrendo a um tipo especial de fotossíntese que é capaz de converter a luz do sol em energia e de criar oxigénio como um produto de desperdício.
Ora a nova pesquisa descobriu que as cianobactérias podem reproduzir esse processo com menos luz do sol e, possivelmente, também noutros planetas, como se refere no artigo científico publicado na revista Science.
Em causa está especificamente a Chroococcidiopsis thermalis, um tipo de cianobactéria que sobrevive em condições extremas e que consegue absorver luz mais vermelha e de menor energia. Isto permite-lhe sobreviver em ambientes com muito pouca luz, como em águas profundas.
“Organismos adaptados a pouca luz, tal como as cianobactérias que temos estudado, podem crescer debaixo de rochas e, potencialmente, sobreviver nas difíceis condições do planeta vermelho”, aponta o professor Elmars Krausz, citado no comunicado sobre o estudo.
“Se importada para Marte, teoricamente a Chroococcidiopsis thermalis pode mudar a face do Planeta Vermelho, ou potencialmente fornecer as bases para um bio-reactor que cria oxigénio para ambientes humanos“, constata ainda Krausz, notando que isto abre a porta para a colonização de Marte e de outros planetas.
“Isto pode parecer ficção científica, mas as agências espaciais e as empresas privadas pelo mundo estão activamente a tentar transformar esta aspiração em realidade num não muito distante futuro”, acrescenta Krausz, concluindo que “a fotossíntese pode, teoricamente, ser aproveitada por este tipo de organismos para criar ar para os humanos respirarem em Marte”.
“Algumas cianoactérias, tal como as do tipo encontrado a crescer em ambientes como a Antárctida e o Deserto de Mojave, até sobreviveram no exterior da Agência Espacial Internacional”, refere o comunicado sobre a investigação.
Por outro lado, estudar as cianobactérias, através das clorofilas vermelhas, também pode dar pistas aos cientistas quanto ao que procurar na busca por vida extraterrestre, explica a cientista Jennifer Norton da ANU.
“Procurar a fluorescência da assinatura destes pigmentos pode ajudar a identificar vida extraterrestre”, conclui Norton.
https://zap.aeiou.pt/humanos-colonizar-marte-206807
Comentários
Enviar um comentário