O famoso EM Drive é um fracasso. Esta é a conclusão de uma equipa de físicos que testou o polémico sistema de propulsão sem combustível que cria impulso sem necessidade de expulsão de gases, violando a terceira lei de Newton.
Investigadores da TU Dresden, na Alemanha, criaram a sua própria réplica do EM Drive e analisaram a quantidade de força produzida sob várias condições, tendo descoberto que o dispositivo estava a produzir algo mesmo quando, teoricamente, não deveria. Quando apresentaram os resultados na Associação Aeronáutica e Astronáutica da conferência de Propulsão Espacial, em França, os físicos admitiram que algo estava a afetar o sistema.
Para resolver o mistério, penduraram a réplica do sistema de propulsão no vácuo e mediram o movimento com um laser. Os cientistas descobriram que, mesmo se revertessem o campo ou reduzissem a potência, o motor continuava a comportar-se como se estivesse a produzir aproximadamente a mesma quantidade de força.
O conceito de um propulsor eletromagnético como o EM Drive, inventado pelo cientista britânico Roger Shawyer, é baseado na ideia de converter diretamente micro-ondas eletromagnéticas em energia elétrica propulsora, sem necessidade de expulsão de gases.
Mas, agora, os físicos contam uma história diferente: a história de um pequeno motor que não o deveria ser. Um sistema de propulsão que parece contradizer a própria física que o explica.
O EM Drive não deveria mover-se através do espaço vazio (a menos que algum tipo de massa o estivesse a empurrar). No entanto, já em 2001, os dispositivos baseados neste mesmo conceito pareciam estar a fazer o impossível, produzindo uma força no vácuo.
Ainda assim, a promessa distante de um motor que poderia acelerar lentamente um objeto em direção à velocidade da luz sem sobrecarregá-lo tem sido demasiado convincente para ser ignorada. Aliás, se estes efeitos pudessem ser extrapolados, o sistema podia permitir alcançar planetas próximos numa questão de semanas.
No ano passado, houve rumores de que cientistas estariam a realizar testes no dispositivo, na esperança de que houvesse uma falha nas leis da física que permitisse a revolução nas viagens espaciais. Embora ainda haja mistérios por resolver, a ideia do estranho empurrão parece que não será útil nas futuras viagens espaciais.
Ainda assim, os físicos que realizaram a experiência, cujos resultados foram publicados e apresentados, estão confiantes de que a pequena quantidade de força provém de fora do dispositivo e não do EM Drive.
Os investigadores acreditam que essa força é gerada pelo campo magnético da Terra quando atua no amplificador de micro-ondas. No futuro, haverá certamente mais trabalhos que irão tentar explicar o estranho comportamento do EM Drive.
https://zap.aeiou.pt/motor-impossivel-mesmo-impossivel-203747
Investigadores da TU Dresden, na Alemanha, criaram a sua própria réplica do EM Drive e analisaram a quantidade de força produzida sob várias condições, tendo descoberto que o dispositivo estava a produzir algo mesmo quando, teoricamente, não deveria. Quando apresentaram os resultados na Associação Aeronáutica e Astronáutica da conferência de Propulsão Espacial, em França, os físicos admitiram que algo estava a afetar o sistema.
Para resolver o mistério, penduraram a réplica do sistema de propulsão no vácuo e mediram o movimento com um laser. Os cientistas descobriram que, mesmo se revertessem o campo ou reduzissem a potência, o motor continuava a comportar-se como se estivesse a produzir aproximadamente a mesma quantidade de força.
O conceito de um propulsor eletromagnético como o EM Drive, inventado pelo cientista britânico Roger Shawyer, é baseado na ideia de converter diretamente micro-ondas eletromagnéticas em energia elétrica propulsora, sem necessidade de expulsão de gases.
Mas, agora, os físicos contam uma história diferente: a história de um pequeno motor que não o deveria ser. Um sistema de propulsão que parece contradizer a própria física que o explica.
O EM Drive não deveria mover-se através do espaço vazio (a menos que algum tipo de massa o estivesse a empurrar). No entanto, já em 2001, os dispositivos baseados neste mesmo conceito pareciam estar a fazer o impossível, produzindo uma força no vácuo.
Ainda assim, a promessa distante de um motor que poderia acelerar lentamente um objeto em direção à velocidade da luz sem sobrecarregá-lo tem sido demasiado convincente para ser ignorada. Aliás, se estes efeitos pudessem ser extrapolados, o sistema podia permitir alcançar planetas próximos numa questão de semanas.
No ano passado, houve rumores de que cientistas estariam a realizar testes no dispositivo, na esperança de que houvesse uma falha nas leis da física que permitisse a revolução nas viagens espaciais. Embora ainda haja mistérios por resolver, a ideia do estranho empurrão parece que não será útil nas futuras viagens espaciais.
Ainda assim, os físicos que realizaram a experiência, cujos resultados foram publicados e apresentados, estão confiantes de que a pequena quantidade de força provém de fora do dispositivo e não do EM Drive.
Os investigadores acreditam que essa força é gerada pelo campo magnético da Terra quando atua no amplificador de micro-ondas. No futuro, haverá certamente mais trabalhos que irão tentar explicar o estranho comportamento do EM Drive.
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