A Operação Tutti Frutti que levou à realização de buscas no PS e no PSD, por suspeitas de corrupção, chega a Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, que é investigado por, alegadamente, ter negociado a distribuição de “jobs for the boys” de PS e PSD com o deputado social-democrata Sérgio Azevedo.
Este é um dos dados que está em investigação no âmbito da Operação Tutti Frutti que levou a Polícia Judiciária a realizar buscas na Comissão Distrital de Lisboa do PSD e na Concelhia de Lisboa do PS, entre outras infraestruturas, nomeadamente autarquias, por todo o país.
A revista Sábado refere que os gabinetes de Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, e dos vereadores socialistas Manuel Salgado e Duarte Cordeiro, também foram alvo de buscas.
A PJ terá apreendido um contrato-programa entre a autarquia lisboeta e o clube Belenenses para a construção de um Rugby Park, bem como “cópias de despachos de nomeações e contratação de assessores externos”, refere a Sábado.
O Correio da Manhã acrescenta que Medina é suspeito de trocar com o deputado do PSD Sérgio Azevedo a distribuição de cargos para “boys” do PS em Juntas de Freguesia ganhas pelos sociais-democratas. Em contrapartida, os “boys” do PSD seriam colocados em Juntas de Freguesia lideradas pelo PS.
A Câmara de Lisboa assegura, em nota enviada ao jornal, que “é total e completamente falso que tenha havido alguma combinação” deste tipo.
Estes “jobs for the boys” seriam, quase sempre, “fictícios”, com os assessores destacados a receberem entre dois a três mil euros líquidos mensais, sem efectuarem qualquer tipo de serviço, como frisa o CM.
A PJ suspeita que o dinheiro desses ordenados seria colocado num “saco azul” para financiar outros esquemas dentro do partido.
Financiamento ilícito e adjudicações suspeitas
A investigação da Operação Tutti Frutti centra-se em suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influências, participação económica em negócio e financiamento proibido.
Os sociais-democratas Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa, e Carlos Reis, ex-líder da JSD Braga e conselheiro nacional do PSD, são os principais visados na investigação, sendo implicados sobretudo no crime de financiamento proibido, conforme nota o Observador.
A PJ suspeita que as campanhas eleitorais do PSD foram financiadas com dinheiro de origem ilegal. A ser investigadas estão ainda adjudicações de contratos públicos superiores a 1 milhão de euros efectuadas por Juntas de Freguesia de Lisboa a empresas de militantes do PSD.
O pagamento em massa de quotas de militantes do PSD, no âmbito das eleições internas do partido, também está a ser averiguado.
Neste momento, as autoridades estão certas de que os dirigentes nacionais do PSD não tinham conhecimento destas situações de alegado financiamento proibido.
A PJ também fez buscas na concelhia de Lisboa do PS e é provável que o mesmo tipo de suspeitas se arrastem para o lado dos socialistas.
https://zap.aeiou.pt/medina-suspeito-jobs-for-the-boys-208027
Este é um dos dados que está em investigação no âmbito da Operação Tutti Frutti que levou a Polícia Judiciária a realizar buscas na Comissão Distrital de Lisboa do PSD e na Concelhia de Lisboa do PS, entre outras infraestruturas, nomeadamente autarquias, por todo o país.
A revista Sábado refere que os gabinetes de Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, e dos vereadores socialistas Manuel Salgado e Duarte Cordeiro, também foram alvo de buscas.
A PJ terá apreendido um contrato-programa entre a autarquia lisboeta e o clube Belenenses para a construção de um Rugby Park, bem como “cópias de despachos de nomeações e contratação de assessores externos”, refere a Sábado.
O Correio da Manhã acrescenta que Medina é suspeito de trocar com o deputado do PSD Sérgio Azevedo a distribuição de cargos para “boys” do PS em Juntas de Freguesia ganhas pelos sociais-democratas. Em contrapartida, os “boys” do PSD seriam colocados em Juntas de Freguesia lideradas pelo PS.
A Câmara de Lisboa assegura, em nota enviada ao jornal, que “é total e completamente falso que tenha havido alguma combinação” deste tipo.
Estes “jobs for the boys” seriam, quase sempre, “fictícios”, com os assessores destacados a receberem entre dois a três mil euros líquidos mensais, sem efectuarem qualquer tipo de serviço, como frisa o CM.
A PJ suspeita que o dinheiro desses ordenados seria colocado num “saco azul” para financiar outros esquemas dentro do partido.
Financiamento ilícito e adjudicações suspeitas
A investigação da Operação Tutti Frutti centra-se em suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influências, participação económica em negócio e financiamento proibido.
Os sociais-democratas Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa, e Carlos Reis, ex-líder da JSD Braga e conselheiro nacional do PSD, são os principais visados na investigação, sendo implicados sobretudo no crime de financiamento proibido, conforme nota o Observador.
A PJ suspeita que as campanhas eleitorais do PSD foram financiadas com dinheiro de origem ilegal. A ser investigadas estão ainda adjudicações de contratos públicos superiores a 1 milhão de euros efectuadas por Juntas de Freguesia de Lisboa a empresas de militantes do PSD.
O pagamento em massa de quotas de militantes do PSD, no âmbito das eleições internas do partido, também está a ser averiguado.
Neste momento, as autoridades estão certas de que os dirigentes nacionais do PSD não tinham conhecimento destas situações de alegado financiamento proibido.
A PJ também fez buscas na concelhia de Lisboa do PS e é provável que o mesmo tipo de suspeitas se arrastem para o lado dos socialistas.
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