Avançar para o conteúdo principal

TGV Lisboa-Madrid avança com 85% de dinheiro comunitário em vez de 25%

«TGV»: Governo acertou com Bruxelas novo projeto

Obra para linha de alta velocidade que ligará Lisboa a Madrid deverá avançar entre 2014 e 2020

O Governo já negociou com Bruxelas o financiamento para a linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, informou o ministro das Finanças à TVI. A obra deverá avançar entre 2014 e 2020.

Projeto do TGV cheio de avanços e recuos

Em Portugal é conhecido como «TGV», mas o que está em causa é a construção de uma linha de caminho-de-ferro em bitola europeia, ou seja, com a mesma largura das linhas da maioria dos países da Europa.

«A reformulação do anterior projeto Lisboa-Madrid (...) foi negociada com Bruxelas, tendo merecido a concordância por parte da Comissão Europeia», respondeu o ministro das Finanças à TVI.

O projeto do Governo socialista, entretanto chumbado pelo Tribunal de Contas, contava com 190 milhões de euros de financiamento comunitário. Vítor Gaspar garante que essa comparticipação vai subir: «O Governo Português conseguiu salvaguardar o financiamento comunitário (...) ao mesmo tempo que conseguiu aumentar de forma significativa as taxas efetivas de comparticipação comunitária para os 85%, face aos atuais 25%».

O adiamento, contudo, levou ao desvio de 375 milhões de euros dos fundos de coesão previstos no quadro comunitário ainda em vigor, que foram aplicados noutros setores.

Quanto ao financiamento nacional previsto para a linha Poceirão-Caia, foi desviado para a Parpública, que, por contrato assinado a 22 de Janeiro, tomou a posição do consórcio Elos, liderado pela Brisa e Soares da Costa, assumindo assim um empréstimo de 600 milhões de euros, originalmente previsto para a linha Poceirão-Caia, junto de um sindicato bancário composto pelo Santader, BCP, BES e Caixa Geral de Depósitos. «O financiamento assim disponibilizado à Parpública apresenta um significativo valor económico, (...) sendo que na atual conjuntura não se obteriam condições financeiras similares», esclarece o governante.

O consórcio Elos reclama uma indemnização de 264 milhões de euros pela anulação do contrato Poceirão-Caia, mas Gaspar garante que não. A Parpública entendeu-se com o grupo privado para assumir responsabilidades pelo empréstimo bancário previsto para o projeto, mas o Estado não reconhece quaisquer direitos de indemnização. «O Estado não reconheceu o direito da ELOS a qualquer compensação por qualquer facto relacionado com o cancelamento do projeto Poceirão-Caia. Aliás, a aceitação pela Parpública tem como pressuposto essencial que essa aceitação não possa de forma alguma ser entendida como reconhecimento de tal direito da concessionária.»

O contrato em que a Parpública assume a posição do consórcio Elos junto dos bancos foi assinado a 22 de Janeiro. O Tribunal de Contas confirmou à TVI que já está a analisá-lo. Nos termos de uma alteração legislativa introduzida por este Governo, só produzirá efeitos depois dos juízes lhe concederem visto.


Veja o vídeo em: http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/tgv-alta-velocidade-vitor-gaspar-carlos-enes-tvi24/1416894-6377.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook

Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin

 Em 2010, o criador do Bitcoin antecipou os perigos que a computação quântica poderia trazer para o futuro da criptomoeda e apresentou sugestões para lidar com uma possível quebra do algoritmo de criptografia SHA-256. Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin Um novo avanço no campo da computação quântica deixou a comunidade de criptomoedas em alerta sobre a possibilidade de quebra do algoritmo de criptografia SHA-256 do Bitcoin BTC, comprometendo a integridade das chaves privadas e colocando os fundos dos usuários em risco. Em 9 de dezembro, o Google apresentou ao mundo o Willow, um chip de computação quântica capaz de resolver, em menos de cinco minutos, problemas computacionais insolúveis para os supercomputadores mais avançados em uso nos dias de hoje. Apesar do alarde, Satoshi Nakamoto, o visionário criador do Bitcoin, já antecipara a ameaça quântica e sugerira duas medidas para mitigá-la. Em uma postagem no fórum Bitcoin Talk em junho de 2010, Sa...