Avançar para o conteúdo principal

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia



 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições

A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente.


Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete.


Até agora, os militares norte-coreanos só tinham sido avistados na região russa de Kursk, junto à fronteira com a Ucrânia, onde Moscovo lançou uma contraofensiva em agosto de 2024. No entanto, com os avanços recentes da Rússia naquela zona, fontes da ZDF afirmam que Pyongyang poderá agora deslocar tropas para a Crimeia, de onde terão alcance para atingir posições estratégicas ucranianas no sul - nomeadamente nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia.


Analistas militares ocidentais alertam para a ameaça real que os Koksan representam se forem posicionados em Zaporizhzhia, parcialmente controlada pela Rússia. O seu poder de fogo poderá mudar o equilíbrio no sul do país, dificultando ainda mais a resistência ucraniana.


Segundo a ZDF, a Coreia do Norte terá já fornecido à Rússia até 200 destas peças de artilharia - cinco das quais foram destruídas por drones ucranianos durante a campanha em Kursk. Além disso, Pyongyang enviou um contingente militar significativo: cerca de 11 mil soldados norte-coreanos foram confirmados no terreno em finais de 2024. Estima-se que quatro mil tenham sido mortos ou feridos, mas, em 2025, a Coreia do Norte reforçou a presença com mais três mil militares.


No entanto, o apoio de Kim Jong-Un a Vladimir Putin vai muito além da força humana. Pyongyang está a abastecer Moscovo com um arsenal vasto que inclui mísseis balísticos de curto alcance, sistemas de artilharia autopropulsada e mais de 200 lançadores múltiplos de rockets.


Esta aliança militar intensificada ganhou novo fôlego após a visita de Putin a Pyongyang no verão de 2024. Nessa altura, os dois líderes assinaram um acordo de parceria estratégica que prevê apoio mútuo em caso de ataque a qualquer dos países. Mais recentemente, no passado mês de março, o chefe do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, esteve na capital norte-coreana, onde Kim Jong-un reafirmou o seu “apoio total” ao lado russo do conflito na Ucrânia. 


A comunidade internacional assiste com crescente preocupação a esta aproximação. Os especialistas alertam que este eixo Moscovo-Pyongyang ameaça não só prolongar a guerra, como comprometer os esforços de sanções internacionais que visam travar as ambições militares de ambos.


Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia - CNN Portugal


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

J.K. Rowling

 Aos 17 anos, foi rejeitada na faculdade. Aos 25 anos, sua mãe morreu de doença. Aos 26 anos, mudou-se para Portugal para ensinar inglês. Aos 27 anos, casou. O marido abusou dela. Apesar disso, sua filha nasceu. Aos 28 anos, divorciou-se e foi diagnosticada com depressão severa. Aos 29 anos, era mãe solteira que vivia da segurança social. Aos 30 anos, ela não queria estar nesta terra. Mas ela dirigiu toda a sua paixão para fazer a única coisa que podia fazer melhor do que ninguém. E foi escrever. Aos 31 anos, finalmente publicou seu primeiro livro. Aos 35 anos, tinha publicado 4 livros e foi nomeada Autora do Ano. Aos 42 anos, vendeu 11 milhões de cópias do seu novo livro no primeiro dia do lançamento. Esta mulher é JK Rowling. Lembras de como ela pensou em suicídio aos 30 anos? Hoje, Harry Potter é uma marca global que vale mais de $15 bilhões. Nunca desista. Acredite em você mesmo. Seja apaixonado. Trabalhe duro. Nunca é tarde demais. Esta é J.K. Rowling. J. K. Rowling – Wikipédi...