Ameaçou e cumpriu. O Presidente da Venezuela mandou cortar o sinal à CNN em espanhol que transmitia há mais de 20 anos. O país latino perdeu mais uma das suas poucas vozes não-alinhadas com o governo.
Nicolas Maduro ordenou o fecho da CNN em espanhol que estava no ar há 20 anos
Ficou mais difícil, esta quinta-feira, aceder a informação diversificada na Venezuela. As companhias de televisão por subscrição receberam ordens do governo para deixarem de transmitir o canal CNN na língua espanhola por ordem da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel).
A emissão da CNN em espanhol é feita a partir de Atlanta, nos Estados Unidos, e tinha intensificado, recentemente, as críticas ao regime de Nicolás Maduro, que já tinha ameaçado cortar o sinal ao canal. Na semana passada a CNN transmitiu uma reportagem na qual dava conta de um esquema de venda de passaportes venezuelanos a indivíduos suspeitos de ligações terroristas. A operação seria conduzida por um funcionário da embaixada da Venezuela no Iraque, com alargados privilégios de acesso a informação. Foi a gota de água.
“São conteúdos que constituem uma agressão direta contra a pátria venezuelana”, disse a Conetel num comunicado emitido como justificação ao corte do sinal. Segundo o organismo, as reportagens da CNN “transgridem a Lei da Responsabilidade Social da Rádio e da Televisão” e “atentam contra a paz e a estabilidade democrática” e “geram um clima de intolerância”.
A CNN respondeu também com um comunicado na sua página na internet onde se lê que o “o governo venezuelano está a negar aos seus cidadãos o acesso a informação e notícias transmitidas pela nossa cadeia de televisão, na qual confiaram durante 20 anos”. A CNN está a tentar controlar o bloqueio transmitindo em streaming através no site de vídeos YouTube.
A CNN era o único canal que ainda se mantinha fora da alçada do governo depois de, em 2013, a Globovisión ter sido vendido a capitais próximos do “chavismo”. Há dois anos, o Conatel exigiu às operadoras de televisão por cabo que retirassem das suas grelhas a NTN24, um outro canal de notícias liderado por Leopoldo López, voz forte da oposição.
Alguns venezuelanos, contudo, apoiam a decisão de Maduro e socorreram-se da rede social Twitter para demonstrar a sua indignação com os conteúdos transmitidos pela CNN. “Enquanto se governa não podemos permitir a ingerência de jornalismo sem ética”, lê-se abaixo.
http://observador.pt/2017/02/16/presidente-da-venezuela-corta-sinal-a-cnn-em-espanhol/
Nicolas Maduro ordenou o fecho da CNN em espanhol que estava no ar há 20 anos
Ficou mais difícil, esta quinta-feira, aceder a informação diversificada na Venezuela. As companhias de televisão por subscrição receberam ordens do governo para deixarem de transmitir o canal CNN na língua espanhola por ordem da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel).
A emissão da CNN em espanhol é feita a partir de Atlanta, nos Estados Unidos, e tinha intensificado, recentemente, as críticas ao regime de Nicolás Maduro, que já tinha ameaçado cortar o sinal ao canal. Na semana passada a CNN transmitiu uma reportagem na qual dava conta de um esquema de venda de passaportes venezuelanos a indivíduos suspeitos de ligações terroristas. A operação seria conduzida por um funcionário da embaixada da Venezuela no Iraque, com alargados privilégios de acesso a informação. Foi a gota de água.
“São conteúdos que constituem uma agressão direta contra a pátria venezuelana”, disse a Conetel num comunicado emitido como justificação ao corte do sinal. Segundo o organismo, as reportagens da CNN “transgridem a Lei da Responsabilidade Social da Rádio e da Televisão” e “atentam contra a paz e a estabilidade democrática” e “geram um clima de intolerância”.
A CNN respondeu também com um comunicado na sua página na internet onde se lê que o “o governo venezuelano está a negar aos seus cidadãos o acesso a informação e notícias transmitidas pela nossa cadeia de televisão, na qual confiaram durante 20 anos”. A CNN está a tentar controlar o bloqueio transmitindo em streaming através no site de vídeos YouTube.
A CNN era o único canal que ainda se mantinha fora da alçada do governo depois de, em 2013, a Globovisión ter sido vendido a capitais próximos do “chavismo”. Há dois anos, o Conatel exigiu às operadoras de televisão por cabo que retirassem das suas grelhas a NTN24, um outro canal de notícias liderado por Leopoldo López, voz forte da oposição.
Alguns venezuelanos, contudo, apoiam a decisão de Maduro e socorreram-se da rede social Twitter para demonstrar a sua indignação com os conteúdos transmitidos pela CNN. “Enquanto se governa não podemos permitir a ingerência de jornalismo sem ética”, lê-se abaixo.
http://observador.pt/2017/02/16/presidente-da-venezuela-corta-sinal-a-cnn-em-espanhol/
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