Avançar para o conteúdo principal

Militares criam implantes para recordar

CIENTISTAS DA DARPA ESTÃO A CRIAR IMPLANTES CEREBRAIS PARA RESTAURAR MEMÓRIAS


Colin Farrel protagoniza o remake de 2012 de Total Recall, baseado no livro de Phillip K. Dick.


Uma equipa de cientistas da DARPA, a Defense Advanced Research Projects Agency, está a construir implantes cerebrais que podem ser a chave para restaurar memórias perdidas – principalmente em quem tenha tido algum dano traumático cerebral ou sofra de perda de memória.

“Estamos a abrir a porta à esperança de encontrar memórias há muito perdidas”, diz o director do centro de tecnologia biológica da DARPA, Justin Sanchez.

“Estamos a tentar entender o que significa construir uma interface no sistema nervoso, e temos a tecnologia para entender o que o cérebro nos diz” explica o investigador, citado pelo Tech Insider.

Durante o Demo Day, o evento anual da DARPA, no Pentágono, Sanchez detalhou um pouco do trabalho que o seu laboratório tem feito ao longo dos últimos anos – em particular o programa de Restauração de Memória Ativa, RAM.

“Conseguimos identificar as assinaturas cerebrais que nos dizem quando é que vamos conseguir recordar uma dada memória, e quando é que teremos dificuldade em fazê-lo”, diz Sanchez.

Os resultados dos testes iniciais em humanos mostraram que é possível captar e entender os sinais do cérebro, e que um pequeno impulso eléctrico pode ajudar na formação de memórias.

Com ajuda médica, esta tecnologia poderá permitir que pessoas que sofram de perda de memória recuperem a sua capacidade de se lembrar de certos eventos.

“Podemos enviar um estímulo directo ao cérebro para facilitar a formação de uma memória, assim como a sua lembrança”, explica.

Ainda assim, a DARPA, agência que desenvolveu nos anos 70 a Arpanet, rede pioneira percursora da Internet que hoje conhecemos, está longe de começar a implantar mecanismos em seres humanos.

Para já, a agência está apenas a trabalhar nas “fundações” do projecto e a verificar se os humanos podem trabalhar com memórias simples – como factos concretos, ou listas de palavras.

Mas já esteve mais longe o mundo de “Total Recall”, sonhado por Phillip K. Dick, em que quem quisesse ir de férias às Caraíbas – ou ser um agente secreto – só tinha que comprar as respectivas memórias.


Em: http://zap.aeiou.pt/cientistas-da-darpa-estao-criar-implantes-cerebrais-para-restaurar-memorias-113594

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Dormir numa bagageira

José Soeiro  O aparato da tecnologia avançada organiza as mais indignas regressões sociais. Radical é uma bagageira ser o quarto de um trabalhador De visita a Lisboa, John chamou um Uber mal chegou ao aeroporto. O carro veio buscá-lo, conta-nos a última edição do Expresso, mas o motorista resistiu a pôr as malas do turista na bagageira. Insistência de um lado e renitência do outro, houve uma altercação, até que a PSP interveio e exigiu que o motorista abrisse a bagageira do carro. Dentro dela, estava um homem - um outro motorista, que faz daquela bagageira o seu quarto, recanto possível para repousar o corpo. Segundo o jornal, não é caso único. A situação é comum entre os migrantes do Indostão a trabalhar para a Uber. Eis a condição extrema dos trabalhadores da gig economy num país europeu do século XXI. Lisboa, paraíso dos nómadas digitais, capital da Web Summit, viveiro de “unicórnios”, sede do centro tecnológico europeu da Uber, “modelo de ouro” das plataformas: cidade sem teto ...

O filme de ficção científica mais assistido da Netflix: Quase 500 milhões de espectadores, mas seu diretor afirma que "os críticos e os guardiões da cultura o odiaram"

 Foi número 1 em 85 países e o centro de uma notável polêmica. Um dos maiores sucessos cinematográficos da Netflix até hoje foi Não Olhe Para Cima, um filme de ficção científica que ainda ocupa o segundo lugar na lista dos filmes de todos os tempos dessa plataforma. No entanto, a Netflix apenas compartilhou dados de visualizações dos primeiros 91 dias, mas agora seu diretor Adam McKay afirmou que na realidade o filme foi visto por quase 500 milhões de espectadores. Número 1 em 85 países McKay concedeu uma entrevista à NME por ocasião dos incêndios que Los Angeles sofreu para, entre outros temas, comentar sobre a importância da mensagem sobre mudanças climáticas que Não Olhe Para Cima traz. Além disso, ele destaca o enorme sucesso que o filme teve, mas também a má recepção por parte da imprensa especializada: "Diante dessas catástrofes dramáticas que continuam acontecendo, um filme parece realmente pequeno e ridículo. Mas o que foi inspirador e energizante foi a resposta popular a ...