O Instituto Nacional de Estatística vai disponibilizar em 2014 o índice de bem-estar dos portugueses no período 2004 a 2011
O índice vai assentar em 90 indicadores relacionados com áreas como saúde, educação, segurança e criminalidade
O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai disponibilizar no primeiro trimestre de 2014 um índice de bem-estar dos portugueses, disse hoje à agência Lusa, o coordenador do projeto, Paulo Gomes.
A informação abrangerá o período de 2004 a 2011.
O INE tem desenvolvido nos últimos anos este trabalho, destinado a aferir o bem-estar dos cidadãos e a qualidade de vida das famílias, no sentido de contribuir para melhorar as políticas dirigidas aos cidadãos.
A morosidade do trabalho em curso prende-se com a grande quantidade de informação a tratar, uma vez que assenta em 90 indicadores relacionados com as mais variadas áreas, como saúde, educação, segurança e criminalidade, entre outras. Traça, no fundo, o "quadro de vida das pessoas", explicou.
"Uma estrutura desta natureza é singularmente importante e ajusta-se particularmente bem ao momento em que vivemos e vamos viver na próxima década", disse Paulo Gomes, acrescentando que os próximos dez anos serão de opções.
"A vivência democrática não pode nem deve ficar enfraquecida pelo facto de vivermos em tempos de austeridade. Pelo contrário, pode ser fortalecida, na medida direta de uma participação mais informada e consequente por parte dos cidadãos", declarou.
Paulo Gomes explicou que o trabalho decorre de "uma forte dinâmica internacional", protagonizada por organismos como as Nações Unidas, a Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económica, o Banco Mundial e a Comissão Europeia.
"Entenderam que, neste momento, a ênfase que tem sido dada aos indicadores de produção económica devia ter também correspondência numa ênfase de indicadores que de alguma forma contassem mais diretamente para a vida das pessoas", afirmou.
"Os tempos de crise em que a Europa e o mundo vivem acentuaram a necessidade de trabalharmos a este nível", justificou Paulo Gomes.
Trata-se de informação complementar, que permitirá aos decisores políticos um melhor conhecimento da realidade e que, para o especialista, poderá constituir "um embrião de políticas públicas direcionadas para os cidadãos".
Um dos indicadores fundamentais está relacionado com as condições materiais de vida e outro está associado à qualidade de vida.
São tidos em conta para o bem-estar económico indicadores relacionados com o consumo, a riqueza, o rendimento e a taxa de poupança.
Crucial nesta abordagem é a caracterização das desigualdades. "Interessa-nos analisar o comportamento que a população tem para percebermos onde estão os sintomas de declínio ou quais são as melhorias", referiu.
O trabalho e a remuneração ocupam "um papel central na vida das pessoas", disse Paulo Gomes, sublinhando que "estes domínios não são compartimentos estanques, encerram realidades que têm efeitos colaterais".
Um desempregado de longa duração "não é apenas um número, é uma pessoa que, contra as suas expectativas, não consegue trabalhar e isso vai ter efeitos no relacionamento social, no ambiente familiar, na sua saúde", exemplificou.
Paulo Gomes frisou que é o aspeto multidimensional da abordagem que é novo neste trabalho, uma vez que a análise será feita com recurso a informação estatística já produzida, quer a nível nacional, quer europeu.
Em: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO121156.html?page=0
O índice vai assentar em 90 indicadores relacionados com áreas como saúde, educação, segurança e criminalidade
O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai disponibilizar no primeiro trimestre de 2014 um índice de bem-estar dos portugueses, disse hoje à agência Lusa, o coordenador do projeto, Paulo Gomes.
A informação abrangerá o período de 2004 a 2011.
O INE tem desenvolvido nos últimos anos este trabalho, destinado a aferir o bem-estar dos cidadãos e a qualidade de vida das famílias, no sentido de contribuir para melhorar as políticas dirigidas aos cidadãos.
A morosidade do trabalho em curso prende-se com a grande quantidade de informação a tratar, uma vez que assenta em 90 indicadores relacionados com as mais variadas áreas, como saúde, educação, segurança e criminalidade, entre outras. Traça, no fundo, o "quadro de vida das pessoas", explicou.
"Uma estrutura desta natureza é singularmente importante e ajusta-se particularmente bem ao momento em que vivemos e vamos viver na próxima década", disse Paulo Gomes, acrescentando que os próximos dez anos serão de opções.
"A vivência democrática não pode nem deve ficar enfraquecida pelo facto de vivermos em tempos de austeridade. Pelo contrário, pode ser fortalecida, na medida direta de uma participação mais informada e consequente por parte dos cidadãos", declarou.
Paulo Gomes explicou que o trabalho decorre de "uma forte dinâmica internacional", protagonizada por organismos como as Nações Unidas, a Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económica, o Banco Mundial e a Comissão Europeia.
"Entenderam que, neste momento, a ênfase que tem sido dada aos indicadores de produção económica devia ter também correspondência numa ênfase de indicadores que de alguma forma contassem mais diretamente para a vida das pessoas", afirmou.
"Os tempos de crise em que a Europa e o mundo vivem acentuaram a necessidade de trabalharmos a este nível", justificou Paulo Gomes.
Trata-se de informação complementar, que permitirá aos decisores políticos um melhor conhecimento da realidade e que, para o especialista, poderá constituir "um embrião de políticas públicas direcionadas para os cidadãos".
Um dos indicadores fundamentais está relacionado com as condições materiais de vida e outro está associado à qualidade de vida.
São tidos em conta para o bem-estar económico indicadores relacionados com o consumo, a riqueza, o rendimento e a taxa de poupança.
Crucial nesta abordagem é a caracterização das desigualdades. "Interessa-nos analisar o comportamento que a população tem para percebermos onde estão os sintomas de declínio ou quais são as melhorias", referiu.
O trabalho e a remuneração ocupam "um papel central na vida das pessoas", disse Paulo Gomes, sublinhando que "estes domínios não são compartimentos estanques, encerram realidades que têm efeitos colaterais".
Um desempregado de longa duração "não é apenas um número, é uma pessoa que, contra as suas expectativas, não consegue trabalhar e isso vai ter efeitos no relacionamento social, no ambiente familiar, na sua saúde", exemplificou.
Paulo Gomes frisou que é o aspeto multidimensional da abordagem que é novo neste trabalho, uma vez que a análise será feita com recurso a informação estatística já produzida, quer a nível nacional, quer europeu.
Em: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO121156.html?page=0
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