Avançar para o conteúdo principal

Cavaco: «Bom senso europeu emigrou para outras paragens»

Cavaco: «Europa está a trilhar caminhos perigosos»

Presidente da República comentou situação do Chipre. «Bom senso emigrou para outras paragens», lamentou

O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou esta segunda-feira que a Europa está a «trilhar caminhos perigosos» - ao anunciar um plano de resgate para Chipre que exige impostos pesados sobre os depósitos - e, por isso, apelou ao regresso do «bom senso».

«A Europa está a trilhar caminhos perigosos. Até penso que às vezes o bom senso emigrou para outras paragens. Esperemos para ver o que é que, nos próximos dias, se decide sobre esta matéria», disse Cavaco Silva, que está de visita a Roma, em declarações aos jornalistas.

«É preciso muito bom senso quando se fala de pilares que são fundamentais para o sistema bancário de todos os países da Europa e não só. É um caminho muito perigoso, este que a União Europeia está a trilhar, muito, muito perigoso. Espero que o bom senso volte», disse, citado pela Lusa.

O chefe de Estado optou ainda por deixar outro aviso: «Os livros ensinam-nos que quando há falta de confiança num sistema bancário, não há quase nenhum país que escape. Um dos pilares do sistema financeiro é a confiança», atirou.

Estas declarações foram feitas à margem de um encontro com a comunidade portuguesa, na capital italiana, onde se encontra para participar na cerimónia de entronização do papa Francisco.

No sábado, um acordo entre as autoridades cipriotas, a Zona Euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) resultou num plano de resgate ao Chipre, num montante máximo de dez mil milhões de euros.

Em troca, o acordo sugere um imposto excecional de 6,75 por cento sobre os depósitos bancários inferiores a 100 mil euros, e de 9,9 por cento acima deste valor, para além de uma retenção na fonte dos juros destes depósitos.

Estas medidas deverão garantir um total de 5,8 mil milhões de euros.

O acordo propõe ainda um plano de privatizações e um aumento do imposto sobre as sociedades empresariais de 10 para 12,5 por cento.


Veja o vídeo em: http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/cavaco-chipre-bancos-depositos/1430690-6377.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...