Avançar para o conteúdo principal

Ex-ministro socialista diz que Sócrates insiste na mesma receita que conduziu o país para a crise

O Economista e Ministro da economia do Governo Socialista de António Guterres considera que José Sócrates insiste na mesma receita que conduziu o país para a crise em que se encontra

Augusto Mateus: "Sócrates não traz qualquer tipo de reflexão"

Augusto Mateus descreve a entrevista de José Sócrates em poucas palavras: "Nada de novo". Em declarações ao Dinheiro Vivo, o ministro da economia de António Guterres afirmou que o antigo primeiro-ministro "não traz qualquer tipo de reflexão do período que governou" e que por isso mantém uma "ideia de negação que pautou os últimos meses de Governo".

"O que ouvimos foi como se tivéssemos regressado ao dia em que Sócrates ainda era primeiro-ministro. A ideia de que as políticas públicas podem ajudar a passar a situação de crise".

O economista lembra as palavras do ex primeiro-ministro para dizer que na última fase de governação "houve obviamente uma forte dimensão internacional, com a influência da crise mundial e fortes influência da crise europeia, mas certos problemas surgiram por uma crise portuguesa".

Sócrates mostrou-se "muito centrado nele próprio" e "está profundamente errado" ao alegar que o pedido de resgate podia ser evitado. "Tive várias oportunidades para mostrar que, pelos erros, o investimento se tinha tornado impossível".

O antigo ministro lembra que "o período de negação de José Sócrates foi suportado pelos bancos, que financiaram o Estado português" quando já não havia alternativa. "Qualquer pessoa que olhe para a situação vê que há um momento em que enfrentámos o maior défice público e privado. Em 2009 estes défices não foram combatidos por causa de medidas eleitoralistas e o Orçamento de 2010 propunha um endividamento superior ao de 2009", adianta.

O economista lembra que Sócrates continua a insistir numa culpabilização internacional pela crise e lembra que "a crise portuguesa foi alimentada por José Sócrates e por outros antigos governantes. Ele tem uma parte nas responsabilidades".

Quanto ao regresso, o economista lembra que "é sempre importante numa democracia que toda a gente participe. Há pessoas que evoluem, outras não, mas é sempre importante e está sempre em aberto a oportunidade para ouvir o que cada um pensa". "É interessante que Sócrates queira falar, ainda que por detrás esteja uma ideologia que não mudou".


Em: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO128225.html?page=0

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

Porque é que os links são normalmente azuis?

WWW concept with hand pressing a button on blurred abstract background Se navega na Internet todos os dias já reparou certamente numa constante: as hiperligações são quase sempre azuis. Este pequeno detalhe é tão comum que poucos param para pensar na sua origem. Mas porquê azul? Porquê não vermelho, verde ou laranja? A resposta remonta aos anos 80, e envolve investigação científica, design de interfaces e… um professor com uma ideia brilhante. Vamos então explicar-lhe qual a razão pela qual os links são normalmente azuis. Porque é que os links são normalmente azuis? Antes da Web, tudo era texto Nos primórdios da Internet, muito antes do aparecimento dos browsers modernos, tudo se resumia a menus de texto longos e difíceis de navegar. Era necessário percorrer intermináveis listas de ficheiros para chegar à informação pretendida. Até que, em 1985, Ben Shneiderman, professor da Universidade de Maryland, e o seu aluno Dan Ostroff, apresentaram uma ideia revolucionária: menus embutidos, que...