Avançar para o conteúdo principal

Portugal está falido, avisam economistas alemães

Da Alemanha chegam sérios avisos a Portugal e críticas ao governo de António Costa pela voz de dois reputados economistas. Um defende mesmo que o país está “falido” e que a saída do Euro pode ser a única alternativa de salvação.

Esta opinião é defendida pelo ex-economista chefe do Deutsche Bank, Thomas Mayer, que, em declarações divulgadas pela Rádio Renascença, constata que é preciso chamar os “bois pelos nomes” e assumir que Portugal está “falido”.

Para o comprovar, Mayer nota que “basta olhar para a dívida pública portuguesa, superior a 130% do Produto Interno Bruto (PIB)”, conforme realça a Renascença.

Este economista nota ainda que se não fosse o rating da agência financeira DBRS, o país estaria em sérios apuros. “Assim que a DBRS reduzir o rating, Portugal deixa de se conseguir financiar no mercado”, alerta Mayer que diz também, que o crescimento de 1,5% previsto pelo governo, para 2017, é demasiado baixo.

Mayer critica ainda o fim das reformas iniciadas pelo governo de Passos Coelho, alinhando pelo discurso do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, e defende que Portugal devia adoptar medidas como “mais horas de trabalho, mercados de trabalho mais flexíveis, talvez uma taxa de desemprego mais alta temporariamente”.

Caso contrário, “resta uma única alternativa, sair do Euro”, salienta Mayer.

Para o ex-consultor do Boston Consulting Group, Daniel Stelter, também citado pela Renascença, o mais “racional seria sentarmo-nos, reestruturar a dívida, fazer reformas”. “E olharmo-nos olhos nos olhos e perguntar: quem consegue aguentar o espartilho do Euro e quem não consegue”, conclui.


Em: http://zap.aeiou.pt/portugal-esta-falido-avisam-economistas-alemaes-139641

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...