Avançar para o conteúdo principal

Coelho esteve de megafone e às escuras numa sala vazia a defender investigadora presa

O deputado José Manuel Coelho provocou um “incidente” que levou à suspensão do plenário do parlamento da Madeira, depois de ter feito uma intervenção em defesa da investigadora Maria de Lurdes Rodrigues, que acusou juízes de corrupção, e que se encontrada detida.

A intervenção do deputado do Partido Trabalhista Português (PTP), José Manuel Coelho, ocorreu durante a discussão de uma proposta do PSD recomendando a requalificação das competências da secção de proximidade de São Vicente, fruto das alterações introduzidas na Lei da Organização do Sistema Judiciário de 2013.

José Manuel Coelho subiu à tribuna para falar de um tema diferente do que estava em discussão, abordando o caso da investigadora Maria de Lurdes Rodrigues, que se encontra detida no Estabelecimento Prisional de Tires.

O presidente da Assembleia da Madeira decidiu então, suspender os trabalhos e as luzes na sala do plenário foram apagadas.

Todos os deputados abandonaram a sala e o deputado do PTP, usando um megafone, falou sobre a detenção da investigadora Maria Lurdes Lopes Rodrigues, que foi condenada a três anos de prisão por delito de opinião, pelos crimes de difamação e injúrias ao Estado e à Justiça.

O caso que é objecto de um voto de protesto apresentado pelo PTP no parlamento madeirense, remonta há mais de 20 anos, depois de Maria de Lurdes Rodrigues ter sido preterida no processo de atribuição de uma bolsa de estudos e de ter desafiado o então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, e outras entidades.

Os trabalhos no Parlamento madeirense estiveram suspensos durante 15 minutos, com o deputado sozinho na tribuna a falar para uma sala vazia, antes do intervalo regimental.

Este é apenas, um dos inúmeros incidentes já protagonizados por José Manuel Coelho, depois de já se ter despido no Parlamento e de ter desfraldado uma bandeira do Estado Islâmico durante uma cerimónia que contou com a presença do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.


Em: http://zap.aeiou.pt/deputado-de-megafone-e-as-escuras-a-defender-investigadora-presa-numa-sala-vazia-134568

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...