Fitch: colocação de dívida foi positiva mas riscos persistem
Agência vê riscos económicos e políticos para o cumprimento do programa português e para o total regresso aos mercados
A agência de notação financeira Fitch considera que a colocação de dívida de longo prazo, efetuada por Portugal esta semana, foi «positiva» para o país e um passo no sentido do regresso aos mercados, mas avisa que persistem riscos económicos e políticos.
«O regresso de Portugal aos mercados com uma emissão de obrigações a cinco anos no montante de 2,5 mil milhões de euros é positivo para o seu perfil de crédito, mas permanecem riscos significativos no lado económico e político», refere a agência em comunicado.
«Há um claro momentum positivo, com as taxas de juro nos títulos a 10 anos no nível mais baixo em dois anos. Contudo, acreditamos que permanecem desafios para o regresso total de Portugal aos mercados, devido às elevadas necessidades de financiamento», esclarece a Fitch.
«A operação completa a terceira etapa de Portugal no acesso total aos mercados, que passa por ser capaz de satisfazer todas as necessidades de financiamento com emissões regulares em várias maturidades», acrescenta.
E para a Fitch «Portugal não irá ter total acesso aos mercados antes de expirar o programa da troika». Isso significa que «será preciso um novo apoio financeiro e um novo programa», conclui.
«As fracas perspetivas económicas estão a complicar o plano de redução do défice do Governo e Portugal está apenas a meio do caminho no seu ajustamento. É ainda necessário um enorme esforço para as finanças públicas alcançarem um nível sustentável a médio prazo», argumenta a Fitch, para quem serão necessárias novas medidas de austeridade.
«O compromisso dos partidos com o programa será testado novamente», antecipa, numa alusão ao enfraquecimento da união política.
«Além disso, os constrangimentos institucionais podem limitar o espaço de manobra do Governo», razões que levam a agência a manter o rating de Portugal no nível «BB+».
Também a Standard & Poor's avisou há poucos dias que poderá cortar a nota da dívida portuguesa caso o Tribunal Constitucional chumbe algumas das medidas de austeridade inscritas no Orçamento do Estado para 2013.
Em: http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/rating-fitch-divida-regresso-aos-mercados-riscos/1413276-6377.html
Agência vê riscos económicos e políticos para o cumprimento do programa português e para o total regresso aos mercados
A agência de notação financeira Fitch considera que a colocação de dívida de longo prazo, efetuada por Portugal esta semana, foi «positiva» para o país e um passo no sentido do regresso aos mercados, mas avisa que persistem riscos económicos e políticos.
«O regresso de Portugal aos mercados com uma emissão de obrigações a cinco anos no montante de 2,5 mil milhões de euros é positivo para o seu perfil de crédito, mas permanecem riscos significativos no lado económico e político», refere a agência em comunicado.
«Há um claro momentum positivo, com as taxas de juro nos títulos a 10 anos no nível mais baixo em dois anos. Contudo, acreditamos que permanecem desafios para o regresso total de Portugal aos mercados, devido às elevadas necessidades de financiamento», esclarece a Fitch.
«A operação completa a terceira etapa de Portugal no acesso total aos mercados, que passa por ser capaz de satisfazer todas as necessidades de financiamento com emissões regulares em várias maturidades», acrescenta.
E para a Fitch «Portugal não irá ter total acesso aos mercados antes de expirar o programa da troika». Isso significa que «será preciso um novo apoio financeiro e um novo programa», conclui.
«As fracas perspetivas económicas estão a complicar o plano de redução do défice do Governo e Portugal está apenas a meio do caminho no seu ajustamento. É ainda necessário um enorme esforço para as finanças públicas alcançarem um nível sustentável a médio prazo», argumenta a Fitch, para quem serão necessárias novas medidas de austeridade.
«O compromisso dos partidos com o programa será testado novamente», antecipa, numa alusão ao enfraquecimento da união política.
«Além disso, os constrangimentos institucionais podem limitar o espaço de manobra do Governo», razões que levam a agência a manter o rating de Portugal no nível «BB+».
Também a Standard & Poor's avisou há poucos dias que poderá cortar a nota da dívida portuguesa caso o Tribunal Constitucional chumbe algumas das medidas de austeridade inscritas no Orçamento do Estado para 2013.
Em: http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/rating-fitch-divida-regresso-aos-mercados-riscos/1413276-6377.html
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