Avançar para o conteúdo principal

Bruxelas: só há mais dinheiro com TSU no acordo

Porta-voz do comissário Olli Rehn insiste que próximo desembolso a Portugal está «dependente do sucesso da revisão» do memorando

A Comissão Europeia condicionou esta segunda-feira o desembolso da próxima tranche do empréstimo a Portugal ao cumprimento integral da quinta revisão do memorando de entendimento, que incluiu a redução Taxa Social Única (TSU), «proposta pelo Governo».

Questionado hoje em Bruxelas sobre a polémica em Portugal em torno da medida sobre a TSU e a possibilidade de um caminho alternativo, tal como sugerido na véspera pelo próprio líder do CDS-PP, Paulo Portas, o porta-voz dos Assuntos Económicos e Monetários escusou-se a «especular sobre um espaço de manobra» para substituir esta medida por outras, preferindo sublinhar que «o facto é que esta medida foi uma das acordadas no quadro da última revisão» do programa de ajustamento, tendo de resto sido colocada em cima da mesa pelas autoridades portuguesas.

Simon O'Connor indicou que o relatório final da missão da troika será elaborado «nas próximas semanas», e será com base no mesmo que o Eurogrupo (ministros das Finanças da Zona Euro) «vai tomar uma decisão formal sobre o desembolso da nova tranche, na sua próxima reunião», agendada para 8 de outubro, no Luxemburgo, escreve a Lusa.

Quando questionado sobre se o desembolso está então dependente do cumprimento da redução da TSU, o porta-voz do comissário Olli Rehn insistiu que «o próximo desembolso está dependente do sucesso da revisão» do memorando de entendimento, e o relatório sobre o cumprimento integral das medidas «terá que ser assinado pelos ministros das Finanças da Zona Euro».

Comentando a redução da TSU que tanta polémica tem criado em Portugal, merecendo não só a oposição do principal partido da oposição, o PS, como também diferentes posições entre os partidos da coligação, PSD e CDS-PP, Simon O¿Connor observou que «esta medida foi proposta pelo Governo», de modo a compensar outras consideradas irregulares pelo Tribunal Constitucional, e «visa aumentar a competitividade das empresas portuguesas, para melhorar a sua capacidade em termos de exportações, mas também de criação de emprego».

«Visa criar mais empregos e tem de ser vista - e isto é muito importante na perspetiva da Comissão Europeia - deve ser vista no contexto de um conjunto global de medidas que visam aumentar a competitividade na economia portuguesa», afirmou.


Por Redacção CPS 2012-09-17 14:33
Em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/bruxelas-tsu-comissao-europeia-ajuda-externa-olli-rehn-agencia-financeira/1375212-1730.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

"Bolsa tem risco, depósitos têm certeza de perda"

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.  É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“. As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais portu...

Este Toyota RAV4 está impecável mas mesmo assim vai para abate

 As cheias na região espanhola de Valência deixaram um rasto de destruição. Casas arrasadas, ruas transformadas em rios, garagens submersas e milhares de automóveis convertidos em sucata num ápice. Um desses automóveis foi o Toyota RAV4 de 2021 que podem ver no vídeo que pode encontrar neste texto. Este SUV japonês esteve debaixo de água, literalmente. Mas, contra todas as expectativas — e contra aquilo que tantas vezes ouvimos sobre carros modernos — continua a funcionar. É fácil encontrar nas redes sociais exemplos de clássicos que voltam à vida depois de estarem mergulhados em água — nós também já partilhámos um desses momentos. Os carros antigos são mais simples, robustos e não têm uma eletrónica tão sensível. Mas ver isso acontecer num carro moderno, carregado de sensores, cablagens, centralinas e conectores, é — no mínimo — surpreendente. No vídeo que partilhamos acima, é possível ver o Toyota RAV4 a funcionar perfeitamente após o resgate. Apesar de ter estado submerso, todos...