Patrões contra eleições: país ficaria em suspenso até março
CCP não toma opção política mas pede que Governo, qualquer que seja, aposte no crescimento e no emprego, em vez de mais cortes na despesa
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) mostrou-se esta terça-feira claramente contra a hipótese de se convocarem eleições antecipadas no país. António Saraiva, que foi ouvido pelo Presidente da República, disse que isso causaria mais instabilidade e deixaria o país em suspenso até março do ano que vem.
Para o representante dos patrões, «é prejudicial irmos para eleições, porque somaremos crise à crise. Os nossos problemas resolvem-se com estabilidade e crescimento e a estabilidade estaria minada e o crescimento adiado ainda mais, porque teríamos eleições lá para final de setembro, um governo empossado no final de outubro, início de novembro, e um orçamento aprovado lá para março de 2014. E, até lá, teríamos o país, mais uma vez, adiado», disse aos jornalistas, à saída da audição com Cavaco Silva.
«Não subscrevo eleições, por estes fenómenos, que iriam provocar mais instabilidade e falta de confiança dos agentes económicos», concluiu.
Também o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, recusou a eventual convocação de eleições antecipadas por serem fator de «instabilidade» na «época alta» em Portugal.
«Tudo o que seja instabilidade política, numa altura em que, há uma semana, começou a nossa época alta, é algo de que nós não precisamos», afirmou.
Para Francisco Calheiros, «os clientes têm sempre alternativas de escolha de destino e, portanto, se virem que, de alguma forma, poderá haver algo que não seja de grande estabilidade, podem optar por outro país que não Portugal».
«Queremos um Governo rápido, a funcionar. O turismo está bem. Os números até maio são de crescimento e as reservas para o verão são bastante positivas. Estamos a aproveitar, infelizmente, situações de menos estabilidade noutros países», concluiu.
Ouvida foi também a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). À saída, o seu presidente, João Vieira Lopes, não quis comprometer-se com uma posição relativamente à hipótese de eleições antecipadas, limitando-se a dizer quais as políticas económicas que o Governo, qualquer que ele seja, deverá seguir.
«Não nos compete avançar qualquer proposta (política), o que propomos é política económica, que deve ser feita, no quadro do atual Parlamento ou com novas eleições», disse.
«Como representantes do tecido empresarial, compete-nos dizer quais são as medidas de política económica que o Governo tem de executar, seja deste ou de outro quadro parlamentar», reiterou, perante a insistência dos jornalistas.
Para a CCP, a solução para o país tem de passar por «soluções europeias que deem alguma folga à economia, para permitir o crescimento e gerar emprego, baixar a carga fiscal sobre famílias e empresas e dar igual atenção à exportação mas também ao mercado interno, porque grande parte das empresas não subsiste sem ele, mesmo as exportadoras».
Antes das confederações patronais, o Presidente da República ouviu os partidos políticos com assento parlamentar e o governador do Banco de Portugal.
Depois da CIP, da CCP e da CTP será ainda ouvida a Confederação da Agricultura de Portugal (CAP). Amanhã, o Presidente ouve ainda as centrais sindicais, UGT e CGTP.
em: http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/cip-ccp-patroes-cavaco-eleicoes-governo/1468591-6377.html
CCP não toma opção política mas pede que Governo, qualquer que seja, aposte no crescimento e no emprego, em vez de mais cortes na despesa
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) mostrou-se esta terça-feira claramente contra a hipótese de se convocarem eleições antecipadas no país. António Saraiva, que foi ouvido pelo Presidente da República, disse que isso causaria mais instabilidade e deixaria o país em suspenso até março do ano que vem.
Para o representante dos patrões, «é prejudicial irmos para eleições, porque somaremos crise à crise. Os nossos problemas resolvem-se com estabilidade e crescimento e a estabilidade estaria minada e o crescimento adiado ainda mais, porque teríamos eleições lá para final de setembro, um governo empossado no final de outubro, início de novembro, e um orçamento aprovado lá para março de 2014. E, até lá, teríamos o país, mais uma vez, adiado», disse aos jornalistas, à saída da audição com Cavaco Silva.
«Não subscrevo eleições, por estes fenómenos, que iriam provocar mais instabilidade e falta de confiança dos agentes económicos», concluiu.
Também o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, recusou a eventual convocação de eleições antecipadas por serem fator de «instabilidade» na «época alta» em Portugal.
«Tudo o que seja instabilidade política, numa altura em que, há uma semana, começou a nossa época alta, é algo de que nós não precisamos», afirmou.
Para Francisco Calheiros, «os clientes têm sempre alternativas de escolha de destino e, portanto, se virem que, de alguma forma, poderá haver algo que não seja de grande estabilidade, podem optar por outro país que não Portugal».
«Queremos um Governo rápido, a funcionar. O turismo está bem. Os números até maio são de crescimento e as reservas para o verão são bastante positivas. Estamos a aproveitar, infelizmente, situações de menos estabilidade noutros países», concluiu.
Ouvida foi também a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). À saída, o seu presidente, João Vieira Lopes, não quis comprometer-se com uma posição relativamente à hipótese de eleições antecipadas, limitando-se a dizer quais as políticas económicas que o Governo, qualquer que ele seja, deverá seguir.
«Não nos compete avançar qualquer proposta (política), o que propomos é política económica, que deve ser feita, no quadro do atual Parlamento ou com novas eleições», disse.
«Como representantes do tecido empresarial, compete-nos dizer quais são as medidas de política económica que o Governo tem de executar, seja deste ou de outro quadro parlamentar», reiterou, perante a insistência dos jornalistas.
Para a CCP, a solução para o país tem de passar por «soluções europeias que deem alguma folga à economia, para permitir o crescimento e gerar emprego, baixar a carga fiscal sobre famílias e empresas e dar igual atenção à exportação mas também ao mercado interno, porque grande parte das empresas não subsiste sem ele, mesmo as exportadoras».
Antes das confederações patronais, o Presidente da República ouviu os partidos políticos com assento parlamentar e o governador do Banco de Portugal.
Depois da CIP, da CCP e da CTP será ainda ouvida a Confederação da Agricultura de Portugal (CAP). Amanhã, o Presidente ouve ainda as centrais sindicais, UGT e CGTP.
em: http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/cip-ccp-patroes-cavaco-eleicoes-governo/1468591-6377.html
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