Mais IRS e subsídio diluído: afinal parece que ganha mais
Efeito é ilusório: maioria dos portugueses vai receber mais dinheiro ao fim do mês, mas no conjunto do ano vai ganhar menos
Afinal muitos portugueses vão receber mais salário ao fim do mês durante o ano de 2013, apesar da sobretaxa de 3,5% em sede de IRS, graças à diluição de metade dos subsídios de férias e Natal pelos 12 meses do ano. As conclusões são da consultora Price Waterhouse Coopers.
Nas simulações feitas pela consultora para a Agência Financeira, a maioria dos contribuintes vai ter um aumento do salário, ou seja, em janeiro, em vez de receber menos, vai na verdade receber mais do que em dezembro. Mas tudo não passa de aparências.
É que, apesar de receber mais ao final do mês, aos salários mensais soma-se apenas um subsídio (metade do de férias, no verão, e metade do de natal, em dezembro. Assim, feitas as contas, no conjunto do ano de 2013, quase todos vão na verdade, ganhar menos.
As simulações da consultora mostram que, por exemplo, um solteiro com um filho que recebe um salário bruto de 1.500 euros, receberia a partir de janeiro, depois do aumento de impostos, 1.075 euros. Ou seja, menos 50 do que hoje recebe. Mas, com a diluição de metade dos subsídios de férias e de Natal, passará a receber 1.165 euros. Ou seja, mais 40 euros.
O mesmo acontece com um casal que recebe em conjunto 2.000 mil euros mensais: sem diluição veria o rendimento encolher 50 euros em janeiro com o aumento de impostos. Mas tendo os subsídios diluídos mensalmente, receberá quase 80 euros mais do que hoje.
O efeito é ilusório, mas tem um impacto muito real quando, na altura do pagamento dos subsídios, for apenas transferida metade da quantia habitual.
No caso da sobretaxa de IRS, que inicialmente era para ser de 4% mas que o Governo baixou para 3,5%, essa revisão tem um efeito que vai sendo amplificado com a progressão nos escalões de IRS.
Por exemplo, um casal com um filho e com 1.000 euros de rendimento por titular, paga com uma sobretaxa de 3,5%, ou seja de 205 euros anuais. Se a sobretaxa fosse de 4%, pagaria 236 euros. A poupança anual com a revisão é de 30 euros.
Mas se aumentarmos o rendimento para 2 mil euros por titular, a sobretaxa de 3,5% obriga a família a desembolsar 1.185 euros, em vez dos 1.350 que pagaria com a sobretaxa de 4%. São menos 170 euros anuais, graças à revisão da sobretaxa.
Consulte aqui as simulações realizadas pela PWC:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/static/proposta_de_orcamento_do_estado_calculo_mensal_de_imposto_2013.pdf
Por Paula Gonçalves Martins com Isabel Loução Santos, TVI Em:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/contas-salarios-irs-sobretaxa-subsidios-simulacoes/1397748-1730.html
Efeito é ilusório: maioria dos portugueses vai receber mais dinheiro ao fim do mês, mas no conjunto do ano vai ganhar menos
Afinal muitos portugueses vão receber mais salário ao fim do mês durante o ano de 2013, apesar da sobretaxa de 3,5% em sede de IRS, graças à diluição de metade dos subsídios de férias e Natal pelos 12 meses do ano. As conclusões são da consultora Price Waterhouse Coopers.
Nas simulações feitas pela consultora para a Agência Financeira, a maioria dos contribuintes vai ter um aumento do salário, ou seja, em janeiro, em vez de receber menos, vai na verdade receber mais do que em dezembro. Mas tudo não passa de aparências.
É que, apesar de receber mais ao final do mês, aos salários mensais soma-se apenas um subsídio (metade do de férias, no verão, e metade do de natal, em dezembro. Assim, feitas as contas, no conjunto do ano de 2013, quase todos vão na verdade, ganhar menos.
As simulações da consultora mostram que, por exemplo, um solteiro com um filho que recebe um salário bruto de 1.500 euros, receberia a partir de janeiro, depois do aumento de impostos, 1.075 euros. Ou seja, menos 50 do que hoje recebe. Mas, com a diluição de metade dos subsídios de férias e de Natal, passará a receber 1.165 euros. Ou seja, mais 40 euros.
O mesmo acontece com um casal que recebe em conjunto 2.000 mil euros mensais: sem diluição veria o rendimento encolher 50 euros em janeiro com o aumento de impostos. Mas tendo os subsídios diluídos mensalmente, receberá quase 80 euros mais do que hoje.
O efeito é ilusório, mas tem um impacto muito real quando, na altura do pagamento dos subsídios, for apenas transferida metade da quantia habitual.
No caso da sobretaxa de IRS, que inicialmente era para ser de 4% mas que o Governo baixou para 3,5%, essa revisão tem um efeito que vai sendo amplificado com a progressão nos escalões de IRS.
Por exemplo, um casal com um filho e com 1.000 euros de rendimento por titular, paga com uma sobretaxa de 3,5%, ou seja de 205 euros anuais. Se a sobretaxa fosse de 4%, pagaria 236 euros. A poupança anual com a revisão é de 30 euros.
Mas se aumentarmos o rendimento para 2 mil euros por titular, a sobretaxa de 3,5% obriga a família a desembolsar 1.185 euros, em vez dos 1.350 que pagaria com a sobretaxa de 4%. São menos 170 euros anuais, graças à revisão da sobretaxa.
Consulte aqui as simulações realizadas pela PWC:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/static/proposta_de_orcamento_do_estado_calculo_mensal_de_imposto_2013.pdf
Por Paula Gonçalves Martins com Isabel Loução Santos, TVI Em:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/contas-salarios-irs-sobretaxa-subsidios-simulacoes/1397748-1730.html
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