O MELHOR PILOTO DE COMBATE DO MUNDO JÁ NÃO É UM HUMANO
O conceito foi apresentado ao grande público em 2005 no filme de Ficção científica Stealth- Ameaça Silenciosa. Agora tornou-se realidade com a vantagem da inteligência artificial controlar vários caças e não apenas 1 como no filme.
Um sistema de pilotagem de caças baseado em Inteligência Artificial venceu dois jactos de combate pilotados por humanos numa simulação de combate.
O piloto robótico, baptizado de Alpha, usou quatro jactos virtuais para defender uma área de litoral dos dois caças pilotados por humanos – e não sofreu perdas.
Desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, o sistema venceu também um piloto de combate da Força Aérea Americana recentemente aposentado – logo, bastante experiente.
Na simulação descrita no estudo, os dois jactos que atacavam o litoral, a “equipa azul”, tinham um sistema de armas mais poderoso que os jactos usados pelo Alpha, a “equipa vermelha”.
Mas o sistema manobrado por Inteligência Artificial conseguiu sempre livrar-se dos inimigos, depois de realizar uma série de manobras evasivas.
Um especialista em aviação afirmou que os resultados são promissores.
Adversário letal
Na investigação, os cientistas da Universidade de Cincinnati e a empresa tecnológica Psibernetix classificaram o sistema Alpha como um “adversário letal”.
Durante as simulações de combate entre o sistema de Inteligência Artificial e o piloto aposentado Gene Lee, os investigadores relatam que o piloto humano “não apenas não conseguiu uma única morte contra Alpha, como ainda foi SEMPRE derrubado pela equipa vermelha nos combates prolongados.
O Alpha usa uma forma de inteligência artificial baseada no conceito de lógica difusa, ou “fuzzy”, na qual um computador analisa uma série ampla de opções antes de tomar a decisão.
Devido ao facto de um caça produzir uma grande quantidade de dados para serem interpretados, nem sempre se torna óbvio a um piloto quais as manobras são mais vantajosas – como quando entrar em combate ou evitá-lo, ou em que momento uma arma deve ser disparada.
Sistemas que usam a lógica difusa podem analisar a importância destes dados individuais antes de tomar uma decisão mais ampla.
A grande proeza conseguida pelos investigadores com o sistema Alpha foi a capacidade de tomar essas decisões em tempo real e com a eficiência de um computador.
“Temos um sistema de inteligência artificial que parece ser capaz de lidar com o ambiente exclusivamente aéreo, é extraordinariamente dinâmico, e gere um número extraordinário de parâmetros”, explica o analista aeroespacial militar Doug Barrie.
“E aparentemente, consegue enfrentar muito bem um piloto de combate qualificado, capaz e experiente”, diz Barrie
“É como um super-campeão de xadrez perder com um computador“, conclui o analista.
Ética
Apesar do enorme entusiasmo da equipa de investigadores, Barrie lembrou à BBC que pode não ser fácil, ou simplesmente apropriado, tentar usar o Alpha em ambientes de combate na vida real.
A analista considera que se o sistema fosse realmente usado, e decidisse atacar um alvo não militar, por exemplo, os resultados poderão ser terríveis.
“A indignação do público seria imensa.”
Barrie diz no entanto que o Alpha pode ser uma excelente ferramenta de simulação de combate – ou para ajudar a desenvolver sistemas melhores para uso dos pilotos humanos.
Mas em muitas áreas da ciência, o que ontem era eticamente reprovável, hoje é prática vulgar.
Em: http://zap.aeiou.pt/o-melhor-piloto-de-combate-do-mundo-ja-nao-e-um-humano-119036
O conceito foi apresentado ao grande público em 2005 no filme de Ficção científica Stealth- Ameaça Silenciosa. Agora tornou-se realidade com a vantagem da inteligência artificial controlar vários caças e não apenas 1 como no filme.
Um sistema de pilotagem de caças baseado em Inteligência Artificial venceu dois jactos de combate pilotados por humanos numa simulação de combate.
O piloto robótico, baptizado de Alpha, usou quatro jactos virtuais para defender uma área de litoral dos dois caças pilotados por humanos – e não sofreu perdas.
Desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, o sistema venceu também um piloto de combate da Força Aérea Americana recentemente aposentado – logo, bastante experiente.
Na simulação descrita no estudo, os dois jactos que atacavam o litoral, a “equipa azul”, tinham um sistema de armas mais poderoso que os jactos usados pelo Alpha, a “equipa vermelha”.
Mas o sistema manobrado por Inteligência Artificial conseguiu sempre livrar-se dos inimigos, depois de realizar uma série de manobras evasivas.
Um especialista em aviação afirmou que os resultados são promissores.
Adversário letal
Na investigação, os cientistas da Universidade de Cincinnati e a empresa tecnológica Psibernetix classificaram o sistema Alpha como um “adversário letal”.
Durante as simulações de combate entre o sistema de Inteligência Artificial e o piloto aposentado Gene Lee, os investigadores relatam que o piloto humano “não apenas não conseguiu uma única morte contra Alpha, como ainda foi SEMPRE derrubado pela equipa vermelha nos combates prolongados.
O Alpha usa uma forma de inteligência artificial baseada no conceito de lógica difusa, ou “fuzzy”, na qual um computador analisa uma série ampla de opções antes de tomar a decisão.
Devido ao facto de um caça produzir uma grande quantidade de dados para serem interpretados, nem sempre se torna óbvio a um piloto quais as manobras são mais vantajosas – como quando entrar em combate ou evitá-lo, ou em que momento uma arma deve ser disparada.
Sistemas que usam a lógica difusa podem analisar a importância destes dados individuais antes de tomar uma decisão mais ampla.
A grande proeza conseguida pelos investigadores com o sistema Alpha foi a capacidade de tomar essas decisões em tempo real e com a eficiência de um computador.
“Temos um sistema de inteligência artificial que parece ser capaz de lidar com o ambiente exclusivamente aéreo, é extraordinariamente dinâmico, e gere um número extraordinário de parâmetros”, explica o analista aeroespacial militar Doug Barrie.
“E aparentemente, consegue enfrentar muito bem um piloto de combate qualificado, capaz e experiente”, diz Barrie
“É como um super-campeão de xadrez perder com um computador“, conclui o analista.
Ética
Apesar do enorme entusiasmo da equipa de investigadores, Barrie lembrou à BBC que pode não ser fácil, ou simplesmente apropriado, tentar usar o Alpha em ambientes de combate na vida real.
A analista considera que se o sistema fosse realmente usado, e decidisse atacar um alvo não militar, por exemplo, os resultados poderão ser terríveis.
“A indignação do público seria imensa.”
Barrie diz no entanto que o Alpha pode ser uma excelente ferramenta de simulação de combate – ou para ajudar a desenvolver sistemas melhores para uso dos pilotos humanos.
Mas em muitas áreas da ciência, o que ontem era eticamente reprovável, hoje é prática vulgar.
Em: http://zap.aeiou.pt/o-melhor-piloto-de-combate-do-mundo-ja-nao-e-um-humano-119036
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