NOVO BIOMATERIAL PROMETE CURAR OS DENTES DE DENTRO PARA FORA
Cientistas no Reino Unido desenvolveram um novo material que pode ser inserido nos dentes para reparar e regenerar a dentina – o tecido duro, semelhante ao osso que forma os nossos dentes.
Assim como as massas regulares, que são inseridas nos dentes para bloquear os espaços onde as bactérias podem colonizar, o novo material é injetado no dente e endurecido com luz UV. Uma vez dentro da polpa do dente, o material estimula as células-tronco a proliferarem e crescerem na forma de dentina.
“Nós projetamos biomateriais sintéticos que podem ser usados de forma semelhante a obturações dentárias, mas podem ser postos em contato direto com o tecido pulpar para estimular a população de células estaminais nativas a reparar e regenerar o tecido pulpar e a dentina circundante”, descreve o investigador Adam Celiz, que estuda biomateriais terapêuticos na Universidade de Nottingham.
A técnica acabou de ganhar o segundo prémio na categoria de materiais na competição de Tecnologias Emergentes da Royal Society of Chemistry do Reino Unido.
A polpa, onde se encontram os vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo, é um dos quatro componentes principais dos dentes, juntamente com o esmalte, a dentina e o cemento.
O esmalte da superfície é a camada mais dura, e sob essa está a segunda camada mais dura, a dentina.
A dentina é importante porque envolve e liga-se à polpa do dente, que é constituída por um tecido vivo conjuntivo e células chamadas odontoblastos.
Evitando o tratamento de canal
Os problemas começam quando uma cavidade corrói o esmalte, a dentina e o cemento – uma substância calcificada que cobre a raiz de um dente – e expõe a polpa.
Se os dentistas não chegam lá rápido o suficiente com uma substância protetora, o paciente terá pela frente um tratamento de canal caro e doloroso.
Atualmente, as terapias pulpares são geralmente executadas com materiais como o hidróxido de cálcio ou trióxido mineral (MTA), que não fazem mais do que proteger. Além disso, cerca de 10 a 15% destes materiais falham.
É aí que a invenção da Universidade de Nottingham entra. O novo material de preenchimento pulpar é projetado para impedir este problema, incentivando o crescimento de mais dentina natural para protegê-lo.
De acordo com o PopScience, em ensaios in vitro o material estimulou a proliferação e diferenciação de células estaminais na dentina, o tecido ósseo que forma a maior parte do dente sob o esmalte branco.
Os investigadores acreditam que, quando aplicado num dente danificado, as células estaminais podem reparar o tipo de dano que muitas vezes surge depois de um preenchimento. Em essência, o biomaterial de enchimento permite que o dente se cure sozinho.
Os estudos ainda não foram publicados em nenhuma revista científica revista por pares, por isso ainda existem reservas em relação aos resultados.
No entanto, não custa sonhar com um tratamento que permita evitar tratamentos de canal – ou, ainda pior, perder dentes por completo.
Em: http://zap.aeiou.pt/novo-biomaterial-promete-curar-os-dentes-de-dentro-para-fora-120851
Cientistas no Reino Unido desenvolveram um novo material que pode ser inserido nos dentes para reparar e regenerar a dentina – o tecido duro, semelhante ao osso que forma os nossos dentes.
Assim como as massas regulares, que são inseridas nos dentes para bloquear os espaços onde as bactérias podem colonizar, o novo material é injetado no dente e endurecido com luz UV. Uma vez dentro da polpa do dente, o material estimula as células-tronco a proliferarem e crescerem na forma de dentina.
“Nós projetamos biomateriais sintéticos que podem ser usados de forma semelhante a obturações dentárias, mas podem ser postos em contato direto com o tecido pulpar para estimular a população de células estaminais nativas a reparar e regenerar o tecido pulpar e a dentina circundante”, descreve o investigador Adam Celiz, que estuda biomateriais terapêuticos na Universidade de Nottingham.
A técnica acabou de ganhar o segundo prémio na categoria de materiais na competição de Tecnologias Emergentes da Royal Society of Chemistry do Reino Unido.
A polpa, onde se encontram os vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo, é um dos quatro componentes principais dos dentes, juntamente com o esmalte, a dentina e o cemento.
O esmalte da superfície é a camada mais dura, e sob essa está a segunda camada mais dura, a dentina.
A dentina é importante porque envolve e liga-se à polpa do dente, que é constituída por um tecido vivo conjuntivo e células chamadas odontoblastos.
Evitando o tratamento de canal
Os problemas começam quando uma cavidade corrói o esmalte, a dentina e o cemento – uma substância calcificada que cobre a raiz de um dente – e expõe a polpa.
Se os dentistas não chegam lá rápido o suficiente com uma substância protetora, o paciente terá pela frente um tratamento de canal caro e doloroso.
Atualmente, as terapias pulpares são geralmente executadas com materiais como o hidróxido de cálcio ou trióxido mineral (MTA), que não fazem mais do que proteger. Além disso, cerca de 10 a 15% destes materiais falham.
É aí que a invenção da Universidade de Nottingham entra. O novo material de preenchimento pulpar é projetado para impedir este problema, incentivando o crescimento de mais dentina natural para protegê-lo.
De acordo com o PopScience, em ensaios in vitro o material estimulou a proliferação e diferenciação de células estaminais na dentina, o tecido ósseo que forma a maior parte do dente sob o esmalte branco.
Os investigadores acreditam que, quando aplicado num dente danificado, as células estaminais podem reparar o tipo de dano que muitas vezes surge depois de um preenchimento. Em essência, o biomaterial de enchimento permite que o dente se cure sozinho.
Os estudos ainda não foram publicados em nenhuma revista científica revista por pares, por isso ainda existem reservas em relação aos resultados.
No entanto, não custa sonhar com um tratamento que permita evitar tratamentos de canal – ou, ainda pior, perder dentes por completo.
Em: http://zap.aeiou.pt/novo-biomaterial-promete-curar-os-dentes-de-dentro-para-fora-120851
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