Avançar para o conteúdo principal

Não foi notícia: o país da utopia

Não foi notícia: o país da utopia

Crise na Venezuela. Os media nacionais não deram destaque à situação do segundo país da América com mais portugueses, aproximadamente 1,3 milhões, contando com os luso-descendentes

Semana de trabalho de dois dias. Redução radical do consumo de eletricidade. Fim do desperdício alimentar. Parte significativa da população não trabalha.

Pode parecer a descrição de alguma utopia concetual, ou mesmo palavras de ordem de uma manifestação. No entanto, algo que sem contexto pode parecer um sonho das sociedades ocidentais, é apenas a consequência do estado de falência política, económica e social da Venezuela.

Outrora um dos estados mais ricos da América Latina, possuidor das maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela está à beira do colapso total. E a descrição acima parece ser a iminência do fim.

Eletricidade é cortada quatro horas por dia
Os funcionários públicos trabalham apenas 2 dias (6 horas por dia) porque o governo de Nicolás Maduro resolveu fechar os serviços de quarta a sexta-feira para poupar eletricidade.

A eletricidade é cortada quatro horas por dia (oficialmente, pois os relatos dizem que os cortes são muito mais prolongados) e impedem os serviços básicos de funcionar com um mínimo de normalidade. A causa é a seca, pois 70% da produção elétrica da Venezuela provém de uma única barragem, quase sem água.

O desperdício alimentar não existe pela simples razão de não haver comida suficiente para a população, e as revoltas sucedem-se em várias localidades, culminando com pilhagens às lojas – apesar de terem as prateleiras quase vazias. E grande parte da população não trabalha porque o desemprego quase duplicou no último ano, quando a inflação foi de 180% (a mais alta do mundo).

Perante esta situação, é surpreendente como os media nacionais não deram destaque à situação do segundo país da América com mais portugueses (cerca de 400 mil, segundo os números oficiais, mas cerca de 1,3 milhões contando com os luso-descendentes).

A pseudo-utopia chavista não foi por água abaixo. Está a secar por falta de água e de dólares do petróleo.


Em: http://www.tvi24.iol.pt/barometro/barometro-de-noticias/nao-foi-noticia-o-pais-da-utopia

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...