Avançar para o conteúdo principal

Vem aí um novo tipo de Bitcoins?

A comunidade Bitcoin está dividida e há planos para criar uma nova ciberdivisa chamada Bitcoin Cash. Numa fase inicial, esta moeda vale apenas 10% do que uma Bitcoin “tradicional” e os especialistas alertam que pode ser instalado o caos neste mercado.

Apesar dos planos para a Cash já serem conhecidos, há muitas plataformas de Bitcoin que estão a recusar suportar a nova moeda. Para os investidores, a mudança de plataformas e a incerteza em torno desta fase inicial trazem riscos adicionais.

A limitação de só poder ser adicionado um megabyte de dados a cada dez minutos leva a que algumas transações possam demorar muitos dias até ser completas. Esta restrição foi implementada originalmente para proteger a Bitcoin contra ciberataques, mas agora começa a ser vista com desagrado pela comunidade. Encontrou-se uma solução de compromisso, a Segwit2x, que prometia aumentar cada bloco da blockchain e relocalizar alguma da informação num ficheiro separado que seria transmitido em paralelo, explica a BBC. A iniciativa seria implementada em duas fases: em agosto, dividir os dados e, em novembro, aumentar o blockchain para dois megabytes.

No entanto, na semana passada, Amaury Sechet, ex-Facebook, e outros especialistas em Bitcoin revelaram o plano de lançar o Cash a 1 de agosto, mostrando desconfiança face ao plano da Segwit2x. Os apoiantes da Cash dizem que não há garantia de que o aumento do blockchain vai acontecer, mesmo que a divisão de dados aconteça. O plano da Cash passa por aumentar o blockchain para 8 MB e esquecer a ideia de dividir os ficheiros.

Nem todas as plataformas de negócio da Bitcoin anunciaram se irão suportar a Cash ou não, mas sabe-se que várias já disseram que não o irão fazer, o que poderá lançar este mercado num caos, segundo os especialistas.

As Cash valem 267 dólares, cerca de 10% dos 2780 dólares que cada Bitcoin valia há algum tempo. No entanto, se a solução for adotada pela maioria dos utilizadores, é expectável que o valor aumente.

Estas incertezas surgem numa altura em que os principais reguladores financeiros mundiais viram os olhos para as ciberdivisas e estão a tentar decidir se se trata de uma divisa ou de um investimento. Várias instituições e empresas já aceitam pagamentos em Bitcoin, pelo que é necessária encontrar uma solução regulatória. A criptomoeda é usada por empresas tecnológicas, por exemplo, para transferir somas avultadas de dinheiro internacionalmente e, sem surpresa, também pelo mundo criminoso para tráfico de drogas ou lavagem de dinheiro.

O segmento de Bitcoin e de Ethereum, as duas moedas virtuais mais populares, está avaliado em mais de 100 mil milhões de dólares.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2017-08-01-Vem-ai-um-novo-tipo-de-Bitcoins-

Comentários

Notícias mais vistas:

EUA criticam prisão domiciliária de Bolsonaro e ameaçam responsabilizar envolvidos

 Numa ação imediatamente condenada pelos Estados Unidos, um juiz do Supremo Tribunal do Brasil ordenou a prisão domiciliária de Jair Bolsonaro por violação das "medidas preventivas" impostas antes do seu julgamento por uma alegada tentativa de golpe de Estado. Os EUA afirmam que o juiz está a tentar "silenciar a oposição", uma vez que o ex-presidente é acusado de violar a proibição imposta por receios de que possa fugir antes de se sentar no banco dos réus. Numa nota divulgada nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos recorda que, apesar do juiz Alexandre de Morais "já ter sido sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia". Os Estados Unidos consideram que "impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público...

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging...

Aníbal Cavaco Silva

Diogo agostinho  Num país que está sem rumo, sem visão e sem estratégia, é bom recordar quem já teve essa capacidade aliada a outra, que não se consegue adquirir, a liderança. Com uma pandemia às costas, e um país político-mediático entretido a debater linhas vermelhas, o que vemos são medidas sem grande coerência e um rumo nada perceptível. No meio do caos, importa relembrar Aníbal Cavaco Silva. O político mais bem-sucedido eleitoralmente no Portugal democrático. Quatro vezes com mais de 50% dos votos, em tempos de poucas preocupações com a abstenção, deve querer dizer algo, apesar de hoje não ser muito popular elogiar Cavaco Silva. Penso que é, sem dúvida, um dos grandes nomes da nossa Democracia. Nem sempre concordei com tudo. É assim a vida, é quase impossível fazer tudo bem. Penso que tem responsabilidade na ascensão de António Guterres e José Sócrates ao cargo de Primeiro-Ministro, com enormes prejuízos económicos, financeiros e políticos para o país. Mas isso são outras ques...