Avançar para o conteúdo principal

Taylor Wilson construiu reactor de Fusão Nuclear.




Taylor Wilson tem 18 anos, é físico nuclear e acha que os jovens vão mudar o mundo
Criou um reactor de fusão nuclear na garagem, construiu um detector de radiação e já apresentou as suas ideias a Obama. Taylor é "brilhante", diz o seu mentor na Universidade do Nevada

Texto de Cristina José Freitas • 30/05/2012 - 10:21

“Segurar algo radioactivo é uma sensação indescritível, tal como quando estou com a minha namorada”, explicou Taylor Wilson, um físico nuclear com apenas 18 anos, numa entrevista à CBS News. Com estas palavras, o cientista norte-americano quase parece um adolescente comum. Deixou de o ser quando, há quatro anos, criou um reactor de fusão nuclear na garagem da sua casa, tornando-se na pessoa mais jovem do mundo a fazê-lo.

Na 2ª Feira das Ciências promovida pela Casa Branca, Taylor Wilson, que fez parte de um grupo de 100 jovens promissores, mostrou ao Presidente Barack Obama aquilo que considera ser uma solução para os problemas energéticos do planeta. Esta é, aliás, uma mensagem-chave que o cientista transmite na sua curta apresentação numa conferência TED: os jovens têm de ser levados a sério, eles de facto podem mudar o mundo.

Como é que a genialidade deste rapaz foi aproveitada? Taylor presta actualmente aconselhamento e coopera com o Departamento de Segurança Interna e com o Departamento da Energia dos EUA, em matérias que toquem a radioactividade. É finalista na Davidson Academy — uma escola para crianças sobredotadas —, e trabalha com a Universidade de Nevada, em Reno, para onde se mudou com a sua família para que ele e o irmão pudessem ter uma formação adequada à sua curiosidade. É nas instalações desta instituição que continua a trabalhar no seu detector de radioactividade.

Ron Phaneuf, professor de física desta universidade e um dos mentores de Taylor, falou sobre esta mente brilhante, num artigo que acompanha a entrada do jovem no World of Records: “Acho que o Departamento de Energia está um pouco preocupado com o facto do interesse dos jovens nesta área da ciência [energia nuclear] ter diminuído e acho que é uma das razões para as portas se terem aberto ao Taylor. Ele é um fenómeno, provavelmente a pessoa mais brilhante que conheci na minha vida. E já conheci laureados com o Prémio Nobel”.

Pai, quero um frasco de plutónio
Para Taylor, a melhor palavra para descrever a escola tradicional é “aborrecida”. Com matérias muito mais genéricas do que aquelas que lhe despertavam interesse, este miúdo adormecia nas aulas mas facilmente tirava 100% nos testes.

Aos 10 anos, memorizou, numa semana, todos os números atómicos, massas e pontos de fusão dos elementos da tabela periódica, mas eram as duas últimas filas de elementos que o fascinavam. Aos onze anos de idade, procurava urânio com o pai no deserto de Novo México e comprava frascos de plutónio pela Internet.

O reactor que começou a construir, com cerca de 13 anos, faz os átomos baterem uns contra os outros com tanta força que acabam por se fundirem. É, basicamente, o que acontece no interior do sol. Depois disto, Taylor iniciou um projecto para a Feira da Ciência da Intel: a construção de um detector de radiação Cherenkov, que lhe valeu o prémio ”Jovem Cientista Intel”.

Os serviços de segurança interna usam um modelo deste aparelho, que actualmente custa centenas de milhares de dólares, para detectar materiais radioactivos nos contentores que entram em território norte-americano. O protótipo que Taylor construiu é mais sensível e preciso. Além de ser mais amigo do ambiente, custa apenas algumas centenas de dólares.

O cientista nuclear de 18 anos pensa que “não há nada impossível” para si. Numa entrevista, disse ter centenas de outras ideias mas que uma vida inteira não chega para concretizá-las. Do terrorismo ao cancro, Taylor aventa soluções para muitos problemas do mundo. Pelo que fez e pensa ainda fazer, acredita que os jovens podem mesmo mudar o mundo.

Em http://p3.publico.pt/actualidade/ciencia/3245/taylor-wilson-tem-18-anos-e-fisico-nuclear-e-acha-que-os-jovens-vao-mudar-o




Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Franceses prometem investir "dezenas de milhões" na indústria naval nacional se a marinha portuguesa comprar fragatas

  Se Portugal optar pelas fragatas francesas de nova geração, a construtora compromete-se a investir dezenas de milhões de euros na modernização do Arsenal do Alfeite e a canalizar uma fatia relevante do contrato diretamente para a economia e indústria nacional, exatamente uma das prioridades já assumidas pelo ministro da Defesa, Nuno Melo Intensifica-se a "luta" entre empresas de defesa para fornecer a próxima geração de fragatas da marinha portuguesa. A empresa francesa Naval Group anunciou esta terça-feira um plano que promete transformar a indústria naval nacional com o investimento de "dezenas de milhões de euros" para criar um  hub  industrial no Alfeite, caso o governo português opter por comprar as fragatas de nova geração do fabricante francês. "O Naval Group apresentou às autoridades portuguesas uma proposta para investir os montantes necessários, estimados em dezenas de milhões de euros, para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um polo industrial...