Avançar para o conteúdo principal

Bennu poderá colidir com a Terra em 2141

A NASA VAI LANÇAR UMA SONDA PARA ESTUDAR O “ASTERÓIDE DA MORTE”

O impacto de asteróides era comum nos primeiros tempos da Terra, e poderá ser responsável pela formação da Lua
A agência espacial norte-americana NASA vai lançar em Setembro a sonda OSIRIS-REx para recolher amostras do Bennu, um asteróide que pode um dia colidir com a Terra.

Segundo explicou Dante Lauretta, professor de ciências planetárias na Universidade do Arizona, ao jornal britânico The Times, o asteróide Bennu vai passar entre a Terra e a Lua em 2135.

De acordo com o cientista, em termos astronómicos esta distância é já “um fio de cabelo”.

Mas o que causa preocupação na comunidade científica é que esta passagem do asteróide da morte pela Terra “vai alterar a sua órbita” e poderá fazer com que o corpo celeste “se coloque, mais tarde neste século, em rota de colisão” com o nosso planeta.

O Bennu, com cerca de 500 metros de diâmetro, viaja no Sistema Solar a uma velocidade de 101.389 quilómetros por hora, podendo ser visto de seis em seis anos, quando cruza a orbita da Terra.

Descoberto em setembro de 1999, o Bennu está listado na Tabela de Risco Sentry, que identifica corpos celestes com um grande potencial de atingir a Terra.

Segundo os astrónomos, cada nova passagem do Bennu aproxima-o mais da Terra, colocando-o no topo da lista dos corpos que podem um dia – esperemos que longínquo – vaporizar o nosso planeta.

Mas a equipa da missão OSIRIS-REx irá, segundo a NASA, procurar também “alguma coisa especial” no asteróide da morte.

Os dois instrumentos científicos da OSIRIS-REx – o espectrómetro de visível e infravermelho OVIRS e o espectrómetro de emissão térmica OTES – irão permitir aos cientistas criar um mapa da abundância relativa dos diferentes materiais que constituem o Bennu.



“Vamos tentar identificar as regiões do Bennu mais ricas em moléculas orgânicas, e recolher amostras com maior valor científico, que nos permitam estudar a composição geral do asteróide”, explica Dante Lauretta.

A equipa da OSIRIS-REx irá também usar os dados recolhidos para estudar o Efeito de Yarkovsky, uma força que age sobre um corpo em rotação no espaço, influenciando normalmente as órbitas de meteoros e asteróides.

O Efeito de Yarkovsky resulta de que a mudança de temperatura de um objecto aquecido por radiação demora algum tempo a ocorrer, provocando uma diferença entre a direcção da radiação recebida e a direcção da radiação térmica retransmitida.

Este efeito determina se um dado corpo celeste espirala gradualmente para longe da estrela que orbita, ou pelo contrário, a sua rotação retrógrada espirala em direção à estrela.

E quem sabe, um dia, o conhecimento deste efeito poderá ser-nos muito útil se precisarmos de fazer espiralar um qualquer asteróide para longe do nosso planeta.


Em: http://zap.aeiou.pt/a-nasa-vai-lancar-uma-sonda-para-estudar-o-asteroide-da-morte-123308

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di